Missionários e/ou antropólogos? As transformações da missão jesuíta em Mato Grosso (1952-1990)

Missionários e/ou antropólogos? As transformações da missão jesuíta em Mato Grosso (1952-1990)
  • Pierre-Louis Choquet
  • Na década de 1960, alguns jesuítas brasileiros começaram a usar o mapa como ferramenta de contrapoder, visando reivindicar os direitos das populações indígenas e desacelerar a expansão espacial do agronegócio.

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  • A história recente da missão jesuíta em Mato Grosso começa em 1929. Ao longo do primeiro
    No terceiro terço do século XX, o Estado brasileiro começou a intensificar seus esforços para afirmar sua soberania sobre seus territórios do interior. A Igreja faz questão de apoiar o movimento: foi através de uma bula papal que a prelazia de Diamantino, território de 354 mil km² que abrange o norte do atual Mato Grosso, foi confiada à Companhia de Jesus, então abrangida quase exclusivamente pela Companhia de Jesus. floresta. Com o agravamento dos conflitos entre os povos ameríndios e os seringueiros, o padre João Envangelista Dornstauder (1904-1994), missionário de origem austríaca, começou, em 1954, a descer os rios para estabelecer contatos com os indígenas (Pacini 1999). Suas estadias prolongadas com o povo Rikbaktsa transformaram profundamente sua percepção de sua cultura. O mapa, até então utilizado como instrumento de projeção do poder territorial da Igreja Católica, vai ganhando gradativamente um novo significado. A partir de meados da década de 1960, a chegada de uma nova geração de missionários jesuítas formados em antropologia precipitou este ponto de viragem (Belleau 2013). Enquanto a frente do desmatamento avança e a terra é objeto de toda cobiça, os missionários apressam reuniões com grupos isolados, para ajudá-los a se estruturarem e delimitarem seus territórios. O mapa torna-se então uma ferramenta de contrapoder, visando reivindicar os direitos das populações indígenas e desacelerar a expansão espacial do agronegócio.

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